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Cia Gumboot Dance Brasil
Gumboot dance (dança de botas de borracha) é uma dança popular que foi criada pelos trabalhadores no século XIX nas minas de ouro e de carvão da África do Sul. Homens negros, com sua a força de trabalho explorada pelos senhores do capital, lutavam para conquistar riquezas que jamais teriam para si. Expondo suas vidas ao risco, distante de suas aldeias e famílias, diariamente cavando buracos cada vez maiores, onde ficavam enterradas suas histórias, suas memórias e suas vozes.
Yebo aborda a exploração, tanto das minas, como dos sete povos levados para extração do minério. É a criação de um dialeto sonoro a partir das batidas nas botas de borracha e transformado em um alegre espetáculo percussivo em que a dança produz o som, e o som conta as histórias dos poucos momentos de descanso e animação que esses trabalhadores tinham.
Inédito no Dança e Movimento, o Grupo Gumboot Dance Brasil tem rodado por diversas cidades apresentando e ensinando a técnica. É o único grupo do país e um dos raros no mundo a pesquisar essa dança. Foi criado em 2008, a partir da pesquisa do bailarino e coreógrafo Rubens Oliveira, que atuou na Cia TeatroDança Ivaldo Bertazzo por oito anos, onde conheceu a dança Gumboot por meio do grupo Kholwa Brothers, da África do Sul. Interessado na pesquisa sobre Gumboot foi à África do Sul para intensificar sua pesquisa direto na fonte e em seu retorno ao Brasil, formou o grupo.
(fotos: Lau Gaioto; Edu Ducks)
Local: Pés no Chão (R. Macapá, 72 – Barra Velha, Ilhabela – SP)
Está no DNA do “Dança e Movimento” sempre abrir espaço na programação do evento para a apresentação de coreografias criadas em oficinas culturais realizadas em escolas, organizações sociais, fundações e outras instituições. Ledo engano supor que essa noite é menos nobre. Ver no palco a concretização dos processos, os resultados desses projetos, corpos com alma em cena, plateia cheia – de pessoas das famílias e da comunidade – é sempre uma experiência potente, um combustível para o Pés no Chão seguir em frente, na trilha da difusão cultural que empodera público e elenco.
(foto: divulgação)
Cia Las Titis
Duas velhas amigas navegam pelo mundo em uma banheira mágica. Embarcadas em seus próprios sonhos, elas fazem uma pausa para um banho que se transforma em um périplo de coreografias improváveis. Em seus bolsos e em suas memórias, essas excêntricas mulheres carregam pequenos grandes tesouros, que se revelam magicamente. Com classificação livre, é um trabalho delicado e imagético, que une ao mesmo tempo poesia e diversão, numa dramaturgia híbrida entre performance, dança e circo.
Com linguagem baseada na dança de contato improvisação, na palhaçaria e em artes somáticas terapêuticas, a cia Las Titis pesquisa intersecções entre arte, saúde, amor e humor. Formada por Iris Fiorelli e Mi Chan Tchung, surgiu em 2020 e desenvolve criações cênicas e pedagógicas para crianças, jovens, adultos e idosos. O presente trabalho foi criado a partir da premiação do ProAC – Produção de Espetáculos de Dança e sua estreia aconteceu no 23º Dança e Movimento.
Clarin Cia de Dança
“Da cor de cobre” é uma releitura poética do auto do Bumba-meu-boi. Este trabalho apresenta histórias encantadas sobre alguns dos personagens existentes nesse folguedo. O auto do Bumba-meu-boi visto de um lugar mágico, através de uma brecha entre o mundo real e encantado, no qual Pai Francisco e Catirina podem transitar. Trata-se de uma homenagem a todos os grupos existentes e resistentes da cultura tradicional brasileira. Uma forma de chamar atenção para o folclore nacional e ressignificar essa manifestação popular, que acontece na rua, para usar os elementos técnicos da caixa-preta, a fim de recriar os ambientes mágicos das histórias.
Pela primeira vez no Festival Dança e Movimento, a Clarin Cia. de Dança é a junção de artistas de origens e experiências diferenciadas, como capoeira, breaking, ballet e danças brasileiras, aglutinadas ao redor da ideia de experimentação em dança e cultura popular desde 2013. Foi criada por Kelson Barros com o objetivo de dar continuidade à pesquisa empreendida por ele, com o Núcleo Igi Ara, ainda na graduação em dança em 2009, tendo como foco a significação do gestual apresentado pela dança dos orixás.
Direção geral: Kelson Barros, Assistente de direção: Vivian Maria, Intérpretes-criadores: Alex Araújo, Carol Monteiro, Fernando Ramos, Gabriela Bacaycoa, Kelson Barros, Loke Wolf, Renata Damasco, Thalys Felipe, Vivian Maria e Weverton Souza. Diretor musical: Alysson Bruno, Músicos: Alysson Bruno, Fábio Leandro, Lucas Brogiolo, Mauricio Paz, Renatinho Pereira, Victor Eduardo e Vivian Maria. Colaboração de indumentárias: Boi da Floresta, Boi de Morros, Boi da Maioba e Boi de Leonardo. Apoio de indumentárias: Dennes César, Pedro Oliveira, Thais Cantanhede e Talyene Mêlonio, Figurinista: Gabriela Araújo, Design de Luz: Renato Lopes, Operador de luz: Renato Lopes, Cenografia: Kelson Barros, Costura de cenário: Danilo Maganha, Produção Executiva: Dafne Nascimento Cazumba Produções Artísticas.
(foto: Denys Flores)
São Paulo Companhia de Dança
Apresentação do ballet Gala Clássica, pela São Paulo Companhia de Dança. Espetáculo Pas de Quatre, com Marina, Thamiris, Luiza e Ana Roberta. Em 30 de julho de 2020 na Sala São Paulo. Foto: André Porto
Uma das mais importantes Companhias de Dança do país apresenta no 24º Dança e Movimento duas remontagens clássicas e uma contemporânea de seu repertório. A Grand Pas de Quatre de Pugni tem coreografia de Diego de Paula (2020), inspirado livremente na obra de 1854 de Jules Perrot (1810-1892).
Conduzido pela música de Cesare Pugni (1802-1870), o balé romântico é a essência da obra, que reforça traços da dança feminina com movimentos delicados, suaves e elegantes.
A outra peça clássica é a remontagem do Grand Pas de Deux de Dom Quixote, realizada por Duda Braz em 2012, a partir do original de 1869 de Marius Petipa (1818-1910), que traz a cena apoteótica do casamento entre os personagens principais da obra de Miguel de Cervantes – o barbeiro Basílio e Kitri, a filha do taberneiro.
O programa termina com a apresentação do espetáculo de 2023, inspirado livremente na obra literária “As veias Abertas da América Latina”, do escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015), e embalado pelas canções da cantora argentina Mercedes Sosa (1935-2009). Veias Abertas, da coreógrafa Poliane Fogaça, propõe o encontro desses dois grandes artistas que, em comum, contaram as histórias dos povos latino-americanos.
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança é dirigida por Inês Bogéa e realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas. É considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 900 mil pessoas em 18 diferentes países.
(foto: Fernanda Kirmayr)
Balé da Cidade de São Paulo
É com estas palavras poéticas que a educadora social e ativista Bel Santos-Mayer traduz o espetáculo que uma das maiores companhias de dança do país apresentará no 24o Festival Dança e Movimento: “Corpos desejados como um talismã. Sedução. Ginga. Corpos paridos na respiração da cuíca, no grito agudo da corda que puxa um e que chama outra. Palavras que (im)põem ritmo, movimentam pensamentos e corpos. Corpos de sempre renovados, com outras existências compartilhando a cena. Esparramados ocupam. São da casa. São das ruas. Parecem outros. Renascem ao som de batuques. Movem-se. Movem. Suas vidas “por um fio” se enlaçam no cordão de palavras entoado por uma mais velha. A rima da infância comove; move: “Como poderei viver? Como poderei viver?”. Os corpos se recusam a tombar. Arrastam-se. Envolvem. Curam-se. Resistem. Num balé solitário ensaiam a marcha coletiva. Olhares em chamas ardem ao som da pergunta agônica: “Como poderei viver? Como poderei viver?”. O coreógrafo Allan Falieri, bailarinos e equipe do Balé da Cidade de São Paulo se lançam na busca por respostas. E com crítica, liberdade, saltos, saudações, vibrações, música e poesia. Experimentam. Dançam. E dançam muito.” A direção artística é de Alejandro Ahmed.
(foto: divulgação)
Cia Óia o Tamanho de Mim
Através do Teatro Lambe-Lambe, que é um estilo teatral genuinamente
brasileiro, o projeto desta companhia consiste em levar o teatro de pequeno formato para um espectador por vez, por meio de espetáculos de curta duração (cerca de 4 minutos).
A performance da Companhia é realizada dentro de caixas cênicas reduzidas, instaladas sobre duas bicicletas e operadas por um bonequeiro em cada uma. As duas histórias são contadas a partir do contexto da cultura caiçara.
A primeira conta a história de um pescador que enrosca a sua linha no fundo do mar e ao puxá-la se depara com a degradação do meio ambiente causada pelo lixo lançado pela população.
A segunda aborda o universo de uma comunidade caiçara tradicional que vive de forma simples e mantém a tradição da pesca do cerco, mas eles terão uma surpresa que será trazida pela floresta atlântica.
A trilha sonora e a mini-iluminação cênica permitem aos espectadores adentrarem naquela realidade onde muitas surpresas acontecem.
A direção e a iluminação são de Gustavo Guerra, que também é ator bonequeiro ao lado de Dyulie Ben Bolon.
(foto: Sol Seraphim/Javiera Abalos)
Sabatino Bros
Com direção de Natalia Presser, atuação de André Sabatino da Cia Sabatino Brothers, “O Carteiro e a bicicleta acrobática” é o mais novo espetáculo da Cia. Resgata a moda antiga dos carteiros e do envio de cartas.
Com uma bicicleta, muitas encomendas, tons poéticos apoiados pela trilha sonora, o público é surpreendido por manobras, equilíbrios, acrobacias e coreografias na bicicleta. Mais que um meio de transporte, a bike assume uma característica de coadjuvante nesse espetáculo solo.
Com muito trabalho a fazer em meio a cartas que falam, caixas que se acumulam, este carteiro tem que se desdobrar para dar conta do recado. Trata-se de um recorte em um dia da vida de um carteiro que, com sua bicicleta, reinventa o cotidiano transformando-o em poesia, circo e muita nostalgia.
(foto: divulgação)
Sabatino Bros
VaiqueuVoo conta a história dos grandes aviadores da década de 30 do século passado, verdadeiros heróis modernos que com ousadia e paixão pelo voo dedicaram suas vidas ao mundo da aviação. Envoltos por um período turbulento da história mundial, repleto de avanços tecnológicos estimulados pelas guerras, esses aviadores pioneiros só viam sentido na vida quando voavam pelos ares, realizando as suas incríveis acrobacias aéreas.
A direção e concepção é de André Sabatino, que também está no elenco junto de Marcos Porto Sabatino e Jeferson Negrão – Petit (Elenco de Apoio). Com colaboração musical de Fernando Paz e Sergio Arara, e colaboração cênica de Lu Lopes – Palhaça Rubra. Sonoplastia, de Fabio Matú; Figurinos, de Rosangella Ribeiro; iluminação, de Dedê Ferreira; Cenografia, de Carila Matzenbacher; Produção, de Felipe Junqueira; Montagem e contra regra, de Hilton Esteves e Coordenação geral, de Martin Sabatino.
Do mundo da ginástica olímpica, os irmãos André e Martim Sabatino migraram para a arte circense e tornaram-se trapezistas. Fundaram sua companhia em 2009 e têm vasta experiência no setor cultural, incluindo criação de espetáculos no Cirque du Soleil. Sua missão é emocionar e surpreender com ações espetaculares que mesclam circo, dança, teatro, humor e virtuose. Já circulou por alguns estados brasileiros e cinco países entre América Latina e Europa.
(foto: divulgação)
Circo Navegador
Local: Escola Dr. Gabriel Ribeiro dos Santos
(R. Santa Teresa, 174 – Perequê, Ilhabela – SP)
Uma dupla de atores mambembes chega ao espaço cênico para contar a história do cavaleiro que acreditava poder consertar o mundo. Durante a narrativa confundem as aventuras e desventuras escritas por Cervantes com a própria trajetória de artistas que são. Assim como as personagens que representam, acreditam poder transformar o mundo. Em 2009 um dos maiores cervantistas do mundo, professor doutor Rogellio Minaña, reconheceu a obra dramatúrgica como sendo uma das melhores adaptações que teria lido por representar a essência do clássico para o teatro, conforme relata em seu livro “Monstros que Hablan”.
Como parte da iniciativa educacional e artística que compõe o festival “Dança e Movimento”, o Circo Navegador leva “Quixotes” a alunos do Ensino Médio da Escola Dr. Gabriel Ribeiro dos Santos, onde inclusive surgiu um grupo de teatro por conta da relação com o Pés no Chão e de espetáculos anteriores assistidos pelos alunos. A direção é de Mário Bolognesi; e atuação de Andreia de Almeida e Luciano Draetta.
O Circo Navegador praticamente nasceu em São Sebastião junto com o Espaço Cultural Pés no Chão em Ilhabela. Conta com mais de 25 anos de trajetória com a produção de espetáculos de circo e teatro, e foi contemplado em diversos editais de fomento à cultura. Também foi premiado no festival Ibero-Americano de teatro de Mar Del Plata, que teve apresentações no Chile e Argentina. Consolidou-se em São Sebastião e no litoral norte como Ponto de Cultura (reconhecido pela Lei Cultura Viva) e mantém programação continuada. Pelo espaço já passaram personalidades como Juçara Marçal, Doralyce, Bia Ferreira, Luedji Luna, Lenna Bahule e Kiko Dinucci.
(foto: divulgação)
Cia Druw
Local: Pés no Chão (R. Macapá, 72 – Barra Velha, Ilhabela – SP)
O espetáculo de Dança Contemporânea, transporta o espectador ao mundo antropofágico da artista brasileira Tarsila do Amaral. Num roteiro lúdico, que remonta sua trajetória criativa, desde suas primeiras impressões sobre cores e formas, até as origens dos elementos que influenciaram diretamente em sua criação artística, o trabalho mergulha na imaginação viajante de Tarsila, jogando luzes sobre suas memórias de infância: das brincadeiras que recheavam as tardes na fazenda onde vivia em Capivari, no interior de São Paulo, onde corria livremente entre pedras, árvores, cactos e brincava com bonecas feitas de mato, em contraponto com a educação francesa que recebeu de seus pais.
A Companhia tem grande projeção no cenário artístico brasileiro, através de uma intensa atividade de pesquisa, criação e difusão cultural. As principais linguagens utilizadas além da dança, incluem artes plásticas, teatro, música e poesia. A Cia possui uma série de espetáculos criados a partir de grandes artistas plásticos, como Portinari, Van Gogh, Kandinsky e Salvador Dalí.
A direção geral e artística e a concepção é de Miriam Druwe; roteiro, direção cênica e concepção, de Cristiane Paoli Quito; cenário e figurino, de Marco Lima; desenho de luz, de Marisa Bentivegna; e trilha sonora, de Natália Mallo.
(foto:Warley Soares)
Com livre adaptação para o teatro de uma das obras literárias mais famosas de Júlio Verne (1828-1905), a Cia Solas de Vento apresenta sua mais nova criação, a peça “20.000 Léguas Submarinas”, sob a direção de Álvaro Assad.
Um misterioso veículo subaquático. Uma tripulação cheia de segredos. Um monstro assombrando os oceanos. Três tripulantes que acabaram de chegar para dar vida às ideias do Júlio Verne, utilizam técnicas acrobáticas, teatro físico e manipulação de objetos e bonecos. A encenação conta com o uso de recursos de vídeo-projeção para captar e projetar formas e ações criadas ao vivo. Uma transformação constante do espaço cênico convida o público a desbravar um mundo submarino repleto de perigos, emoções e aventuras.
Essa criação completa a trilogia “Viagens Extraordinárias”, ao lado de “A Volta ao Mundo em 80 Dias” e “Viagem ao Centro da Terra”, que vieram, respectivamente em 2019 e 2022 para o “Dança em Movimento”.
A companhia foi criada em 2007 na cidade de São Paulo, em parceria entre o francês Bruno Rudolf e o brasileiro Ricardo Rodrigues. Com uma trajetória nacional e internacional, já apresentou seus espetáculos no Japão, Coreia do Sul, China e Alemanha e foi premiada em várias edições da APCA. A Cia Solas de Vento apresentou “A Volta ao Mundo em 80 dias”, na 22a edição do “Dança e Movimento” e “Viagem ao Centro da Terra”, na 23a edição.
(foto: Mariana Chama)
Grupo de Artes Integradas do Pés no Chão
Local: Pés no Chão (R. Macapá, 72 – Barra Velha, Ilhabela – SP)
Como o próprio nome do grupo indica, este é um espetáculo de artes integradas – dança, acrobacia e aéreos, com capoeira e com cultura popular. Nessa noite, mais de 90 crianças que frequentam diversas oficinas do Espaço Cultural Pés o Chão vão para o palco. Isso por si já é um acontecimento – mas também por conta da feitoria, do processo todo – desde a ideia artística da arte educadora Juliana Andrade, e do roteiro que ela vai criando com a Luiza Bernardo ao longo dos ensaios, e que depois parte para a criação do cenário e do figurino, criando a maior experiência interessante, que depois migra para a iluminação, para a trilha, para o dia da performance… É todo um fazer artístico em torno de “O mar não está para peixe”. Trata-se de um laboratório sócio-artístico incrível para as crianças e para a comunidade que vai assistir.
(foto: divulgação)
Ponte que une o oriente ao ocidente e, além de servir como rota comercial de tecidos, sementes e materiais preciosos, também deu origem a transmissão de conhecimentos, ideias e culturas, sendo palco de inúmeras histórias, batalhas e romances.
Ponte para a realidade… caminho de miragens.”
Assim a Cia Raça descreve a visão sobre este trabalho, criado em 2002 pela coreógrafa Roseli Rodrigues. O espetáculo “Caminho das Sedas” traz para cena mais de 400 metros de tecido, não como cenário, mas sim como elemento coreográfico que convida o público a percorrer essa viagem.
Com 40 anos de história, a Companhia criada por Roseli Rodrigues tem em seu repertório mais de 40 coreografias que foram apresentadas ao público em mais de 90 cidades brasileiras e em 7 diferentes países, atingindo um público de mais de 100 mil espectadores
Glória do Goitá, uma pequena cidade localizada a 60Km de Recife, é, hoje em dia, considerada a capital brasileira do Mamulengo, como é conhecido o teatro popular de bonecos em Pernambuco. Essa temática é a inspiração da companhia Cisne Negro, em parceria com a Cia Pia Fraus, para a criação do espetáculo “Goitá”, que homenageia e reverencia o universo do Mamulengo, transformando os bonecos em “bailarinos”. Com direção artística de Hulda Bittencourt (in memoriam) e Dany Bitencourt, além da direção cênica e dramaturgia de Beto Andreetta, da Pia Fraus e coreografia de Ana Catarina Vieira.
Considerada uma das melhores companhias de Dança Contemporânea do país, a Cisne Negro possui 45 anos, já levou seus espetáculos a mais de 500 cidades em 17 países diferentes, atingindo um público superior a 3 milhões de pessoas. Um pouco mais jovem, a Companhia Pia Fraus tem 36 anos e já criou e apresentou dezenas de espetáculos em 24 países nos principais festivais nacionais e internacionais de teatro.
No espetáculo “Círculo das baleias”, a Pia Fraus mergulha no mar! Jujuba, uma pequena baleia jubarte, nascida na Bahia, conta com a ajuda de Gardel, um simpático pinguim argentino, que a acompanhará em suas aventuras até chegar ao Polo Sul.
Desde sua criação, em 1984, os espetáculos da PiA FraUs (que em latim significa “Uma mentira contada com boas intenções”) marcam presença em ruas, praças e parques em cidades dentro e fora do país, e com isso, o grupo tornou-se referência quanto ao uso dos espaços públicos nas cidades. A PiA FraUs é uma das poucas, senão a única companhia de teatro no Brasil a utilizar de forma sistemática os bonecos infláveis gigantes em suas apresentações. Esta característica, que já virou uma marca registrada, criou novas possibilidades de aproveitamento do amplo espaço das ruas, agregando um elemento muito interessante às apresentações deste tipo: o impacto visual.
A companhia já produziu dezenas de espetáculos, nos quais utiliza a linguagem do circo, artes plásticas, dança, bonecos e teatro físico. Seus trabalhos já foram apresentados em todos os estados do Brasil e em 24 países, nos principais festivais nacionais e internacionais de teatro.
E entra em cena a palavra “forma”. Assim como ela aparece de várias maneiras no nosso dia a dia, neste espetáculo o elenco convida o público a passear pelos variados usos da palavra. Seja pelas formas concretas de objetos, animais, plantas ou, ainda, na forma dos elementos químicos, do corpo físico ou no comportamento da mente, chegando até às várias formas de demonstrar o amor! A partir da palavra forma e dos seus inúmeros significados foi criado este espetáculo.
Na programação do 23º Dança e Movimento, estão incluídas duas apresentações produzidas pelas oficinas artísticas do Projeto Arte enCena, aqui do Espaço Cultural Pés no Chão. Esta é uma delas, criação da Oficina de Dança e Aéreos.
O Circo através dos tempos marca o imaginário de nosso país. Sempre quando chegava a uma cidade e erguia a sua lona, a cidade despertava sua curiosidade para aquele povo misterioso que viajava pelas cidades do mundo e, vivendo de maneira diferente, nômade, cigana, contava suas experiências para transformar seus “portos” passageiros. É sobre eles, os “circenses-ciganos”, e com o olhar deles que, de certa forma, transforma cada lugar em cidade dos sonhos, que a Nau de Ícaros criou este espetáculo.
Uma “ópera buffa” circense, poética e gastronômica. Ou um resgate em linguagem de circo do milenar mito da São Saruê, fabulosa terra da prosperidade e da abundância onde não há dor, suor, velhice ou morte. Ou “As Bacantes”, de Eurípedes, transformadas em paródia e picadeiro.
A Nau de Ícaros é um grupo de teatro, dança e circo que completa 30 anos de trajetória promovendo espetáculos com um olhar contemporâneo para a cultura popular brasileira. Seus trabalhos transitaram pelas principais cidades brasileiras, além de turnês de países da Europa, como Suíça, Itália, França e Bélgica.
Duas velhas amigas navegam pelo mundo em uma banheira mágica. Embarcadas em seus próprios sonhos, elas fazem uma pausa para um banho que se transforma em um périplo de coreografias improváveis. Em seus bolsos e em suas memórias, essas excêntricas mulheres carregam pequenos grandes tesouros, que se revelam magicamente. Com classificação livre, é um trabalho delicado e imagético, que une ao mesmo tempo poesia e diversão, numa dramaturgia híbrida entre performance, dança e circo.
Com linguagem baseada na dança de contato improvisação, na palhaçaria e em artes somáticas terapêuticas, a cia Las Titis pesquisa intersecções entre arte, saúde, amor e humor. Formada por Iris Fiorelli e Mi Chan Tchung, surgiu em 2020 e desenvolve criações cênicas e pedagógicas para crianças, jovens, adultos e idosos. O presente trabalho está sendo criado a partir da premiação do ProAC – Produção de Espetáculos de Dança e sua estreia será no 23º Dança e Movimento.
Para manter sua tradição, o Dança e Movimento tem a honra de abrir espaço na programação para a apresentação de coreografias criadas em oficinas culturais realizadas em escolas, organizações sociais, fundações e outras instituições.
Para manter sua tradição, o Dança e Movimento tem a honra de abrir espaço na programação do evento para a apresentação de coreografias criadas em oficinas culturais realizadas em escolas, organizações sociais, fundações e outras instituições.
Por ti, Portinari” é uma declaração de amor à obra do pintor Cândido Portinari e à sua forma de ver o mundo. É uma viagem pelos seus trabalhos como reconhecimento de seu caminho em busca de sua essência, partindo da grande obra “Guerra e Paz” para traçar um caminho afetivo sobre essa necessidade que temos de retorno à nossa infância, que passará por obras como “Os retirantes” e “Os espantalhos” até chegar a seus “Meninos no Balanço”, “Meninos Soltando Pipas” e “Palhacinhos na Gangorra”.
A Companhia tem grande projeção no cenário artístico brasileiro, através de uma intensa atividade de pesquisa, criação e difusão cultural. As principais linguagens utilizadas além da dança, incluem artes plásticas, teatro, música e poesia. A Cia possui uma série de espetáculos criados a partir de grandes artistas plásticos, como Van Gogh, Kandinsky, Tarsila do Amaral e Salvador Dalí.
Dois palhaços cultuam a imagem do Seu Serafim, o finado dono do circo, e perpetuam a sua presença por meio da crença de que ele ainda pode voltar. A dupla esfarrapada e faminta, porém feliz e com um humor ao mesmo tempo ácido e ingênuo, chega
de uma longa jornada em busca de seus sonhos, carregando
na bagagem as dificuldades de uma vida de muito trabalho e poucos prazeres.
Montam um cirquinho estilizado que se apresenta apenas com os contornos dos mastros e da lona, coloridos com fitas de cetim. Eles têm a consciência que são apenas operários de montagem do circo e que nunca serão artistas. Mas na prática fazem o espetáculo sem perceber, esbanjando a simplicidade típica dos palhaços.
O grupo conta com mais de 25 anos de trajetória com a produção de espetáculos de circo e teatro, e foi contemplado em diversos editais de fomento à cultura, além disso, também foi premiado no festival Ibero-Americano de teatro de Mar Del Plata, que teve apresentações no Chile e Argentina.
Tranquilli!!! é assim … joga basquete sozinho e vence o jogo, atende o telefone que na verdade nunca tocou, viaja voando com a sua bicicleta alada , como os passarinhos que após
terem tomado banho, brincado na areia …. voam e vão embora.
Tranquilli!!! brinca com a guerra envolvendo o público em um jogo impossível de resistir. A sua vida está no corpo e ele é o veículo principal de expressão.
O Teatro C’art Comic Education possui uma tradição de quinze anos no teatro físico e na
comicidade não verbal. O seu tipo de concepção artística e pedagógica permitiu
durante todos esses anos o nascimento e o desenvolvimento de um trabalho de pesquisa e
formação baseados na desconstrução da gestualidade ordinária e na afirmação de uma
identidade gestual afastada da representação. Por isso a companhia encontra na identificação o âmago do seu trabalho cômico – corporal.
Para enriquecer o “23º Dança e Movimento”, conseguimos colocar na programação do evento um espetáculo desta companhia, com sede na região da Toscana, Itália. O grupo está no Brasil em virtude de uma turnê pelas unidades do Sesc – São Paulo e devido a uma longa trajetória de parceria artística com o Pés no Chão, foi possível confirmar essa montagem para o fechamento do evento.
Uma criança, ao dormir, é surpreendida por seres fantásticos que surgem em seu quarto, instigando sua imaginação. Através de um presente deixado por uma dessas criaturas, inicia-se uma aventura, uma viagem ao mundo do imaginar.
O que buscar? O que está do lado de fora? Ou desbravar o universo interior? É necessário escolher somente um?
Com essas perguntas, a Cia Diadema convida todos a viajar. Basta pegar sua passagem que custa apenas fagulhas de sua imaginação!
A companhia tem se destacado no cenário da dança há mais de 27 anos pelo caráter inovador de suas coreografias. Já visitou quase todos os estados brasileiros e países como Peru, México e França.
As possibilidades se multiplicam a cada repetição de nossos hábitos mais corriqueiros. Eles podem parecer, mas nunca são iguais. Porque nós nos modificamos a cada segundo… Como um efeito de ação e reação, tudo pode se modificar a partir de uma mínima desordem, da ocorrência do inesperado, do acaso da vida. As realidades podem ser também construções do imaginário…
No decorrer da obra, situações cotidianas vão assumindo cada vez mais aspectos inesperados, involuntários, inconscientes. A confluência entre Dança, Teatro, Música, Artes Visuais e Cinema permeará a lógica de cada cena, envolvendo percursos criativos específicos e diferenciados.
A companhia tem se destacado no cenário da dança há mais de 27 anos pelo caráter inovador de suas coreografias. Já visitou quase todos os estados brasileiros e países como Peru, México e França.
Na programação do 23º Dança e Movimento, estão incluídas duas apresentações produzidas pelas oficinas artísticas do Projeto Arte enCena. Esta é uma delas, criação da Oficina de Teatro.
A encenação é um grito de consciência sobre o universo das questões relacionadas à negritude e aos preconceitos que são marcantes em um país onde a cada 23 minutos uma pessoa negra é morta.
O grupo traz à luz elementos cênicos em movimento, vivos, com trechos de oito peças que fazem parte do livro Dramaturgia Negra: Farinha com açúcar, Esperando Zumbi, Vaga Carne, Quando eu morrer vou contar tudo a Deus, Carne Viva, O pequeno príncipe preto, Cartas para Madame Satã e buraquinhos. O livro Dramaturgia Negra é uma coletânea da FUNARTE (Fundação Nacional de Artes) realizada em 2018, que traz 16 dramaturgas e dramaturgos negros brasileiros em plena produção.
Ao longo da apresentação, os trechos são entremeados por poesias de Mirelle Alves, integrante do elenco e organizadora do Slam Ita, que acontece no Litoral Norte paulista.
Sagração do Agora! é uma peça de dança de Toshiko Oiwa e seu filho especial Kae, de 11 anos, inspirada na obra “A Sagração da Primavera”, composta por Igor Stravinsky em 1913.
A peça atual propõe uma releitura da obra musical diversa daquela
comumente apresentada pelas grandes companhias de dança, que recorrentemente apresentam o tema do sacrifício e o medo da morte, com uma dança derradeira de uma donzela escolhida para o sacrifício. Entretanto, para este duo, a música retrata a natureza selvagem que inclui nosso corpo, e os performers simplesmente interpretam as sensações reais
que a música de Stravinsky provoca. Para o público, é um convite a um exercício de
observação da arte e da vida.
A obra, contemplada pelo Fomento Cultural de FUNDASS da cidade de São Sebastião em 2021, tem duração de 40 minutos (que é o tempo da música), divididos em duas partes.
Em seguida, o público assistirá a “TAO KAE”, um documentário de Paulo Alberton, com duração de 25 minutos sobre Toshiko e Kae, filmado entre 2021 e 2022 no Litoral Norte de São Paulo, onde moram os personagens. Muito delicado e poético, o filme dialoga com o espetáculo, mostrando a vida cotidiana e a relação com o mar, a comunicação não verbal entre mãe e filho com síndrome de Down e autismo. A trilha sonora foi criada pelo compositor e cantor, Fernando Maynart. Esta obra foi contemplada pelo PROAC 2021.
(foto: divulgação)
Criado em 2015, “Viagem ao Centro da Terra” é sucesso de público e crítica, indicado ao prêmio São Paulo de teatro infantil e jovem 2015 nas categorias de Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Ator e Melhor Espetáculo.
A adaptação do livro homônimo é contada por três atores que, para dar vida às ideias do Júlio Verne, utilizam técnicas acrobáticas, teatro físico e manipulação de objetos e bonecos. A encenação conta também com o uso de recursos de vídeo-projeção para captar e projetar formas e ações criadas ao vivo. Uma transformação constante do espaço cênico, compondo transportes, cavernas e outras surpresas, convida o público a desbravar um mundo intraterrestre repleto de perigos, emoções e aventuras.
A companhia foi criada em 2007 na cidade de São Paulo, em parceria entre o francês Bruno Rudolf e o brasileiro Ricardo Rodrigues. Desde então a Cia utiliza em sua dramaturgia elementos do teatro gestual, das técnicas circenses e da dança contemporânea agregados à pesquisa de projeção de vídeo ao vivo. A companhia tem uma trajetória nacional e internacional tendo apresentado seus espetáculos no Japão, Coreia do Sul, China e Alemanha e já foi premiada em várias edições da APCA. Em 2019, a Cia Solas de Vento apresentou “A Volta ao Mundo em 80 dias” na 22a edição do “Dança e Movimento”.
(foto: Mariana Chama)