Pia Fraus abriu a festa com o espetáculo "Bichos do Brasil"
Começou sábado, dia 7 de setembro, a 16ª edição do Dança e Movimento. O evento foi contemplado pelo ProAc - Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, e tem também o apoio da Prefeitura Municipal de Ilhabela.
A abertura foi pela Companhia Pia Fraus com o espetáculo “Bichos do Brasil”. De autoria de Beto Andretta e Beto Lima, “Bichos do Brasil” é um sucesso de público. É a peça do grupo que está a mais tempo em cartaz, tendo sido apresentada em quase todos os estados brasileiros e em 15 países, entre eles Argentina, Espanha, Itália, Timor Leste, Eslovênia e EUA.
A não - linearidade, o pouco uso da palavra, a força das imagens, e a relação boneco - ator são os elementos que caracterizam os trabalhos da companhia. Nos seus quase 30 anos de existência, a Pia Fraus produziu 21 espetáculos, apresentando-se nos principais festivais nacionais e internacionais de teatro.
" Bichos do Brasil" é um espetáculo que busca mostrar a riqueza da fauna brasileira através de recursos plásticos. Pautado nos bonecos, na música e na coreografia, procura criar o ambiente da mata sem exigir um comportamento humano de seus personagens.
As fábulas, onde os bichos simbolizam as virtudes e vícios humanos, são deixadas de lado, buscando-se atenção às influências que as mesmas exerceram na cultura popular. Ao beber na mesma fonte inspiradora dos mitos populares, esta produção acaba por fazer uma reverência aos bichos brasileiros, onde sua humanização não faz com que o público pressuponha um final moral.
São bonecos feitos a partir de materiais naturais, cujas formas são estabelecidas por cabaças, que ganham novo tratamento e cores diversas, buscando dar uma abordagem contemporânea a elementos rústicos. É a retomada da Pia Fraus às suas origens, fundamentada em temas, formas e pensamentos que formaram a companhia.
A quarta semana do 16º Dança e Movimento
O último final de semana do 16º Dança e Movimento trouxe uma programação bem diversificada, com espetáculos no Pés no Chão e também na Vila.
Na sexta-feira, dia 4 de outubro, às 20 horas, o projeto Mov_oLA apresentou o espetáculo “OroborO”, no teatro do Pés no Chão.
Criado sob a direção artística de Alex Soares, e inspirado no conceito das moviolas antigas (máquinas que transformavam as fotografias em movimento total e permitiam a edição de filmes sonoros), o projeto tem como meta integrar a dança com outros formatos digitais e redes sociais, através da internet, da videodança e das artes visuais.
Oroboro é uma palavra de origem grega, cujo símbolo é representado por uma serpente que morde a própria cauda, Oroboro revela uma imagem sem começo ou fim. O espetáculo propõe reflexões sobre a memória e seus desdobramentos entre a infância e a velhice.
No sábado, dia 5, o espetáculo “fandango a céu aberto” foi apresentado pela Cia. Oito Nova Dança em palco montado na Vila, na Praça das Bandeiras.
Criada e dirigida por Lu Favoreto em 2000, a Cia. Oito Nova Dança tem como elemento primordial de investigação a relação entre estrutura corporal, movimento vivenciado e obra cênica.
A Cia. reúne uma geração de artistas que optou pela pesquisa enquanto procedimento de criação e elaboração de seus produtos cênicos.
fandango a céu aberto” propõe um olhar contemporâneo para uma manifestação cultural tradicional em extinção: o fandango caiçara.
A obra transforma e recria esta manifestação, proporcionando um contato “vivo e exposto” entre tradição cultural e arte contemporânea, aproximando-as do espaço/tempo urbano.
Ela envolve aspectos essenciais do fandango original como o bailado, o batido e a noção de mutirão e celebração coletiva, chamando o público para dançar num grande baile.
No domingo, a Confraria da Dança fez a estréia do espetáculo infantil “SEM FIM” - “Projeto realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura Programa de Ação Cultural - 2012” e contemplado pelo Prêmio Funarte Petrobras de Dança Klauss Vianna/2012". O espetáculo também foi apresentado para escolas na segunda-feira, dia 7, também no Pés no Chão.
Diane Ichimaru e Marcelo Rodrigues fundaram a Confraria da Dança em 1996, na cidade de Campinas/SP. Seus projetos direcionados à pesquisa de linguagem, criação e manutenção de espetáculos autorais acumulam premiações da FUNARTE/Ministério da Cultura, Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, Cultura Inglesa, Associação Paulista dos Críticos de Arte, entre outros.
O espetáculo SEM FIM é uma brincadeira com a curiosidade humana, as descobertas da ciência e a nossa casa: planeta Terra, Sistema Solar, Via Láctea.
O que é o Festival Dança e Movimento?
O Festival Dança e Movimento é um evento anual de dança realizado pelo Espaço Cultural Pés no Chão, com o apoio da Prefeitura Municipal de Ilhabela e da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo através do ProAc. O evento celebra a diversidade e a riqueza da dança e das artes cênicas, trazendo espetáculos de companhias renomadas e inovadoras.
Quando e onde aconteceu o festival?
A 16ª edição do Festival Dança e Movimento ocorreu em setembro e outubro de 2019. As apresentações foram realizadas no Espaço Cultural Pés no Chão e na Vila, na Praça das Bandeiras, em Ilhabela.
Quais foram as principais atrações do festival?
Quais companhias participaram do festival?
Quais foram os objetivos do festival?
O Festival Dança e Movimento visa promover a arte da dança e das artes cênicas, proporcionar acesso gratuito a espetáculos de qualidade, e fomentar o intercâmbio cultural entre artistas e o público. Ele também busca integrar diferentes formas de arte e explorar novas linguagens e formatos cênicos.