26º Festival Dança e Movimento: Uma Celebração da Arte em Ilhabela
O 26º Festival Dança e Movimento, o maior festival de dança do Litoral Norte, transformou Ilhabela em um palco vibrante de 12 a 27 de setembro. Durante 11 dias de espetáculos gratuitos, o evento celebrou a diversidade artística e cultural, integrando dança, circo, acrobacia, dança-teatro e aéreos. Realizado em diversos locais, com destaque para o Centro Cultural Pés no Chão, o festival proporcionou uma "maré cheia de espetáculos" que encantou o público.
Com uma tradição de 26 edições, o Dança e Movimento é reconhecido por sua marca registrada de corpo e alma, que celebra a diversidade dos gestos e das gentes. O festival integra linguagens e traz diferentes bagagens artísticas, oferecendo uma experiência única para uma plateia sempre ávida por viver o gosto do espetáculo e a magia da arte. Seja contemporâneo ou clássico, brincante ou acrobático, circense ou dramático, o festival abraça todas as formas de expressão, consolidando-se como um evento imperdível no calendário cultural.
A programação do 26º Festival Dança e Movimento foi cuidadosamente elaborada para oferecer uma vasta gama de espetáculos gratuitos, abrangendo diversas linguagens artísticas. O público pôde desfrutar de performances que mesclaram o contemporâneo e o clássico, o brincante e o acrobático, o circense e o dramático.
O espetáculo “Brinquedo…Brincadeira…Brincadança…” é resultado do intenso trabalho da arte-educadora Juliana Andrade com as crianças para resgatar as brincadeiras e brinquedos, contrapondo-se ao uso excessivo do celular durante a infância. Usando as linguagens da acrobacia, dos aéreos, da dança e do teatro, o elenco traz ao palco brincadeiras como pega-pega, esconde-esconde e bambolê. A história de alguns brinquedos, como a bola e a boneca, também é abordada na peça, que é, na verdade, uma remontagem de um espetáculo criado por Juliana em 2016, quando provocada por uma fala de seu filho de 8 anos: “Mãe, eu não sei mais brincar”. Instigada por essa frase, ela convidou as crianças a percorrer um caminho de volta ao brincar para fincar no presente toda a sua importância. No palco, são 75 crianças que frequentam o Espaço Cultural Pés no Chão. O grupo abriu, no dia 12 de setembro, o 26° Festival Dança e Movimento.
No dia 13 de setembro, no palco do Pés no Chão, foi a vez de "Graça" do Ballet de Londrina. Com coreografia de Morena Nascimento, artista mineira que se graduou na Alemanha e integrou a Tanztheater Wuppertal, de Pina Bausch, “Graça” captura a beleza e a força da transformação, revolução e multiplicação da vida. No espetáculo, a multiplicidade desdobrável e criadora do feminino transparece não só nos movimentos coreográficos, mas também na voz e na postura artística de Gal Costa, a baiana Maria da Graça, que atravessa a trilha sonora em falas e canções. Com dramaturgia de Renato Forin Jr., o espetáculo percorre os ciclos da natureza, da aurora ao anoitecer, da germinação à floração, da frutificação ao perecimento, e a transmutação de depois do fim, compreendendo o feminino como o motor das renovações.
Já no dia 14 de setembro, André Sabatino e Mariana Maekawa, da Cia. Kawa, apresentaram no Pés no Chão. O dúo desenrolou um espetáculo único que celebra a maternidade e a paternidade de uma perspectiva surpreendente. "Vida Boa" através de acrobacias aéreas conta a história da intimidade e do caos da parentalidade, com um toque de palhaçaria e comicidade. Mariana Maekawa é especialista em acrobacias aéreas, tendo atuado no Cirque Du Soleil por 7 anos. André Sabatino é acrobata, trapezista e diretor técnico de aparelhos de circo há quase 20 anos. Com a direção de Tato Villanueva, ator, clown, diretor artístico, dramaturgo e criador cênico, sempre mesclando a linguagem de circo, teatro e dança, na busca pela valorização da cultura latino-americana.
No palco da Vila, no dia 19 de setembro, no Centro Cultural Waldemar Belisario, a Raça Cia. de Dança de São Paulo conquistou ao público de Ilhabela com “Cartas Brasileiras” e “Novos Ventos”. Com mais de 4 décadas de existência, figura entre as companhias mais premiadas do Brasil. Referência na modalidade Jazz Dance, alcançou o Contemporâneo sem abandonar suas origens jazzísticas, florescendo num estilo próprio, marca registrada de sua fundadora, Roseli Rodrigues, desde o início dos anos 80.
“Cartas Brasileiras” é uma obra composta em 2009 por Roseli Rodrigues. A inspiração veio da vida real, de cartas guardadas pelos próprios bailarinos do elenco. Cartas que falam de amor, de perdas, de novas aventuras e saudades, trazendo o sentimento mais íntimo daqueles que as escreveram.
Uma das coreografias mais consagradas da Raça Cia. de Dança, “Novos Ventos” marca a interseção entre o jazz e a dança contemporânea, revelando uma fase bastante poética da companhia. Por mais “terra” que vejamos em cena, a coreografia permanece aérea, soprada pelos ventos do título da obra, em levantamentos e carregamentos, com uma bailarina sendo lançada de um bailarino ao outro, em múltiplos giros impulsionados, que tiram suspiros de surpresa e de prazer da plateia.
A Cia. Paraladosanjos apresentou no prédio da antiga Câmara Municipal e Biblioteca da Vila o espetáculo "Contra a Parede", na tarde do sábado 20 de setembro. Um espetáculo que desafia a gravidade e a imaginação. Contra a parede, contra o estabelecido, contra o definitivo. Cinco mulheres se confrontam com a verticalidade, transformando cada superfície em um campo de pesquisa sensorial e filosófica. A Cia. Paraladosanjos é uma companhia híbrida de circo, teatro físico e visual, fundada em 2001.
No sábado, 20 de setembro, às 20h, a São Paulo Companhia de Dança se apresentou no Centro Cultural Waldemar Belisário, na Vila, em Ilhabela, como parte do 26º Festival Dança e Movimento, encantando o público com um programa que reuniu quatro obras marcantes: “Alvorada”, estreia do bailarino Yoshi Suzuki como coreógrafo, uma ode ao recomeço e à renovação; “A Morte do Cisne”, releitura de Lars Van Cauwenbergh inspirada em Michel Fokine, que emocionou pela delicadeza e intensidade da interpretação; “Pas de Deux de Dom Quixote”, remontagem de Duda Braz a partir do clássico de Marius Petipa, que trouxe à cena o casamento de Basílio e Kitri com técnica e leveza; e “Casa Flutuante”, de Beatriz Hack, obra contemporânea que reflete sobre o excesso de informações da vida moderna e a busca por reconexão com o corpo e o planeta. A noite foi marcada pela beleza, sensibilidade e excelência artística da companhia, reafirmando a importância da dança no cenário cultural do festival.
Já no domingo 21 de setembro, o Centro Cultural Waldemar Belisário recebeu uma série de coreografias criadas pelas Escolas e Instituções de Dança da região. Está no DNA do “Dança e Movimento” sempre abrir espaço na programação do evento para atrações locais. Este é um combustível para o Pés no Chão seguir em frente com o Festival e com suas oficinas culturais, na trilha da difusão cultural que empodera público e elenco.
A noite da sexta-feira 26 de setembro foi marcada pelas apresentações das Escolas e Instituções Aéreos, no cenario do Centro Cultural Pés no Chão. Com a casa cheia, como tem sido durante todo o evento, foram 19 apresentações que encantaram o diverso público. Tecido acrobático, lira, acrobacias, dança e música reuniram alunos e artistas de Ilhabela, São Sebastião e Caraguatatuba.
A noite de encerramento foi no sábado 27 de setembro e esteve em mãos da Cia. Artinerant's e Marina Abib. Marina, junto ao dançarino Kiko Caldas, voa pelo palco do Pés no Chão com seus encantos, contagiando a plateia e transformando olhares em emoção. Seu corpo, que um dia foi silenciado pela doença, hoje dança em constante renascimento. Sua arte resiste, alegra e nos inspira a acreditar em dias melhores.
“Balbúrdia” da Cia. Artinerant's fechou o 26° Dança e Movimento. A peça é uma construção que se apoia na ideia do desmoronamento de grandes estruturas, na mudança e na provocação. As personagens vivem situações adversas permeadas de jogos, procurando o equilíbrio para seguir adiante. Na encenação, os artistas utilizam movimentos e imagens que desconstroem a estrutura circense tradicional em uma desorganização barulhenta, divertida e dinâmica. A comicidade leve deste casal, que se relaciona no meio da balbúrdia, é o fio condutor do espetáculo.
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